"Ouço, na rádio, um jovem que, tendo completado dezoito anos (e,
provavelmente, chegado ou passado o 12.º ano) foi votar pela primeira
vez. Na sua opinião, a escola deveria ensinar a votar.
"Ensinar a votar" seria explicar e simular o próprio acto de votar: recolher o boletim de voto à mesa, fazer a cruz no quadradinho que corresponda à escolha (teve o cuidado de sublinhar que a escola não poderia indicar o partido/candidato), dobrar o boletim e introduzi-lo na urna.
Sim, acrescenta, uma jovem, porque há pais que não explicam isto aos filhos...
Vejo, neste e noutros exemplos, o sucesso da retórica de que a escola tem obrigação de ensinar, de modo muito concreto, tudo o que é preciso para a vida (a vida no sentido do quotidiano, já se vê): são os jovens a quem se faz crer que "são autónomos" desde que entram no sistema que parecem sentir-se dependentes de "instruções" específicas e as reclamam."
"Ensinar a votar" seria explicar e simular o próprio acto de votar: recolher o boletim de voto à mesa, fazer a cruz no quadradinho que corresponda à escolha (teve o cuidado de sublinhar que a escola não poderia indicar o partido/candidato), dobrar o boletim e introduzi-lo na urna.
Sim, acrescenta, uma jovem, porque há pais que não explicam isto aos filhos...
Vejo, neste e noutros exemplos, o sucesso da retórica de que a escola tem obrigação de ensinar, de modo muito concreto, tudo o que é preciso para a vida (a vida no sentido do quotidiano, já se vê): são os jovens a quem se faz crer que "são autónomos" desde que entram no sistema que parecem sentir-se dependentes de "instruções" específicas e as reclamam."
via feedly...
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