Bom dia, este é o seu Expresso Curto |
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29 de Fevereiro de 2016 | ||
E os Óscares foram para…
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Bom dia, este é o seu Expresso Curto.
O pano devia abrir com os Óscares. Mas as declarações da Bastonária da Ordem dos Enfermeiras são bastante mais importantes. Ana Rita Cavaco admitiu que a eutanásia já se pratica no Serviço Nacional de Saúde. E garantiu que já viveu situações destas “pessoalmente”. “Vi casos em que médicos ministraram insulina àqueles doentes [em situação terminal] para lhes provocar um coma insulínico. Não estou a chocar ninguém porque quem trabalha no Serviço Nacional de Saúde sabe que estas coisas acontecem por debaixo do pano, por isso vamos falar abertamente”, referiu em entrevista à Renascença. Ou muito me engano ou vem aí grossa polémica, poucos dias depois de ter sido revelado um manifesto a favor da despenalização da morte assistida, assinado por pessoas dos mais diversos quadrantes – e também já contestado por pessoas de muitos outros quadrantes.
Já nada é como escreveu João de Deus: À morte ninguém escapa,/Nem o rei, nem o papa,/Mas escapo eu./Compro uma panela,/Custa-me um vintém,/Meto-me dentro dela/E tapo-me muito bem,/Então a morte passa e diz:/- Truz, truz! Quem está ali?/- Aqui, aqui não está ninguém./- Adeus meus senhores,/Passem muito bem.
Todos os anos há uma noite assim. Enquanto dormimos deste lado do Atlântico, do outro lado, junto ao Pacífico, há uma festa no 6801 da Hollywood Boulevard transmitida para todo o mundo, com passadeira vermelha, imensos atores e atrizes, realizadores, apresentadores e tutti quanti e a entrega de umas estatuetas douradas sem graça nenhuma mas muito valorizadas que supostamente consagram o melhor cinema que se faz no planeta e todos aqueles que durante o ano anterior mais se distinguiram na sétima arte. Este ano não foi diferente.
E o grande vencedor, que apesar de já sido nomeado quatro vezes e ter feito inúmeros papéis em filmes quase sempre marcantes nunca tinha levado a estatueta para casa, foi Leonardo DiCaprio, em “The Revenant: O Renascido”, cujo realizador, Alejandro Gonzaléz Iñarritu, levou igualmente uma estatueta para casa como o melhor na sua categoria, a segunda depois de “Birdman” no ano passado. Mas houve muitas surpresas.
“Mad Max” ganhou seis óscares e ninguém fez melhor em quantidade. Mas “O Caso Spotlight”, esse objeto cinematográfico que recupera a fé no jornalismo de investigação, fez melhor em qualidade: levou o óscar mais importante (melhor filme) - foi a surpresa depois do espanto com “Mad Max”. “O Renascido”, hiperfavorito (12 nomeações), foi assim-assim: melhor ator, melhor realizador e melhor fotografia. Lamentos: “Star Wars” tinha cinco nomeações, levou zero (foi batido por “Ex Machina” em casa, nos efeitos visuais); “Carol” tinha seis nomeações, também saiu sem nada (uma pena, é daqueles filmes que nos fazem bem); “Perdido em Marte” fez jus ao verbo - perdeu tudo e era muito (sete nomeações). Brie Larson, em Room, levou para casa a estatueta para a melhor atriz. Leia toda a reportagem no Expresso on line. Mas permitam-me destacar o primeiro óscar, aos 87 anos, para um grande senhor que fez as bandas sonoras de filmes inesquecíveis: Ennio Morricone, que agora ganhou finalmente a estatueta pela melhor banda sonora no filme “Os oito odiados”.
A dirigir a gala esteve Chris Rock — comediante, ator, escritor, produtor, realizador, documentarista, polémico, divertido e… negro, o que é politicamente correto para a indústria, envolvida numa recente polémica por não haver nenhum ator ou realizador negro entre os nomeados — escolhido pelos produtores da noite para dar um ar refrescado ao programa, cujas audiências baixaram 16% no ano passado (apresentado por Neil Patrick Harris).
Para os leitores que conhecem a máxima futebolística do portista João Pinto “prognósticos só no fim do jogo”, o “nosso” Jorge Leitão Ramos, crítico de cinema do Expresso e uma das pessoas mais respeitadas no meio, todos os anos faz o contrário: prognósticos antes da entrega das estatuetas. Comprove aqui como ele sabe de cinema – e como estava quase totalmente certo.
E se adora ver como estavam vestidas as estrelas de Hollywood, siga este link. Quem ganhou, segundo a Katya Delimbeuf, foi o escaldante vestido vermelho Dior, com um “decote profundo” (sic) da Charlize Theron. Por esta hora em Hollywood já desceu o pano, já enrolaram a carpete vermelha mas seguramente há ainda muitas festas que não terminaram e muitas garrafas de champanhe ainda por beber. E como “the show must go on”, para o ano há mais.
O pano devia abrir com os Óscares. Mas as declarações da Bastonária da Ordem dos Enfermeiras são bastante mais importantes. Ana Rita Cavaco admitiu que a eutanásia já se pratica no Serviço Nacional de Saúde. E garantiu que já viveu situações destas “pessoalmente”. “Vi casos em que médicos ministraram insulina àqueles doentes [em situação terminal] para lhes provocar um coma insulínico. Não estou a chocar ninguém porque quem trabalha no Serviço Nacional de Saúde sabe que estas coisas acontecem por debaixo do pano, por isso vamos falar abertamente”, referiu em entrevista à Renascença. Ou muito me engano ou vem aí grossa polémica, poucos dias depois de ter sido revelado um manifesto a favor da despenalização da morte assistida, assinado por pessoas dos mais diversos quadrantes – e também já contestado por pessoas de muitos outros quadrantes.
Já nada é como escreveu João de Deus: À morte ninguém escapa,/Nem o rei, nem o papa,/Mas escapo eu./Compro uma panela,/Custa-me um vintém,/Meto-me dentro dela/E tapo-me muito bem,/Então a morte passa e diz:/- Truz, truz! Quem está ali?/- Aqui, aqui não está ninguém./- Adeus meus senhores,/Passem muito bem.
Todos os anos há uma noite assim. Enquanto dormimos deste lado do Atlântico, do outro lado, junto ao Pacífico, há uma festa no 6801 da Hollywood Boulevard transmitida para todo o mundo, com passadeira vermelha, imensos atores e atrizes, realizadores, apresentadores e tutti quanti e a entrega de umas estatuetas douradas sem graça nenhuma mas muito valorizadas que supostamente consagram o melhor cinema que se faz no planeta e todos aqueles que durante o ano anterior mais se distinguiram na sétima arte. Este ano não foi diferente.
E o grande vencedor, que apesar de já sido nomeado quatro vezes e ter feito inúmeros papéis em filmes quase sempre marcantes nunca tinha levado a estatueta para casa, foi Leonardo DiCaprio, em “The Revenant: O Renascido”, cujo realizador, Alejandro Gonzaléz Iñarritu, levou igualmente uma estatueta para casa como o melhor na sua categoria, a segunda depois de “Birdman” no ano passado. Mas houve muitas surpresas.
“Mad Max” ganhou seis óscares e ninguém fez melhor em quantidade. Mas “O Caso Spotlight”, esse objeto cinematográfico que recupera a fé no jornalismo de investigação, fez melhor em qualidade: levou o óscar mais importante (melhor filme) - foi a surpresa depois do espanto com “Mad Max”. “O Renascido”, hiperfavorito (12 nomeações), foi assim-assim: melhor ator, melhor realizador e melhor fotografia. Lamentos: “Star Wars” tinha cinco nomeações, levou zero (foi batido por “Ex Machina” em casa, nos efeitos visuais); “Carol” tinha seis nomeações, também saiu sem nada (uma pena, é daqueles filmes que nos fazem bem); “Perdido em Marte” fez jus ao verbo - perdeu tudo e era muito (sete nomeações). Brie Larson, em Room, levou para casa a estatueta para a melhor atriz. Leia toda a reportagem no Expresso on line. Mas permitam-me destacar o primeiro óscar, aos 87 anos, para um grande senhor que fez as bandas sonoras de filmes inesquecíveis: Ennio Morricone, que agora ganhou finalmente a estatueta pela melhor banda sonora no filme “Os oito odiados”.
A dirigir a gala esteve Chris Rock — comediante, ator, escritor, produtor, realizador, documentarista, polémico, divertido e… negro, o que é politicamente correto para a indústria, envolvida numa recente polémica por não haver nenhum ator ou realizador negro entre os nomeados — escolhido pelos produtores da noite para dar um ar refrescado ao programa, cujas audiências baixaram 16% no ano passado (apresentado por Neil Patrick Harris).
Para os leitores que conhecem a máxima futebolística do portista João Pinto “prognósticos só no fim do jogo”, o “nosso” Jorge Leitão Ramos, crítico de cinema do Expresso e uma das pessoas mais respeitadas no meio, todos os anos faz o contrário: prognósticos antes da entrega das estatuetas. Comprove aqui como ele sabe de cinema – e como estava quase totalmente certo.
E se adora ver como estavam vestidas as estrelas de Hollywood, siga este link. Quem ganhou, segundo a Katya Delimbeuf, foi o escaldante vestido vermelho Dior, com um “decote profundo” (sic) da Charlize Theron. Por esta hora em Hollywood já desceu o pano, já enrolaram a carpete vermelha mas seguramente há ainda muitas festas que não terminaram e muitas garrafas de champanhe ainda por beber. E como “the show must go on”, para o ano há mais.
OUTRAS NOTÍCIAS
Há 55 anos, quando na madrugada de 4 de fevereiro militantes do MPLA lançaram um ataque a uma esquadra de polícia em Luanda, iniciando o movimento que conduziu à independência em 11 de novembro de 1975, António Oliveira Salazar, que dirigia Portugal com mão de ferro respondeu com a frase “Para Angola, rapidamente e em força”. Agora, a palavra de ordem para a maioria das mais de 8000 empresas e 150 mil trabalhadores portuguesas que lá se encontram, a palavra de ordem é exatamente a contrária: “sair de Angola, rapidamente e em força”. É que a crise, devido à quebra brutal do preço do petróleo (a perda de receitas é estimada em €19,4 mil milhões), está não só a estagnar a economia, a paralisar negócios e a suspender pagamentos, como a contribuir para o aumento da insegurança e mesmo para uma crescente tensão política como nãos e vivia em Angola desde que Jonas Savimbi foi morto, em fevereiro de 2002, e o MPLA ganhou finalmente a guerra civil durante 27 anos.
Também em Angola, faleceu no sábado Lúcio Lara, 86 anos, um dos fundadores do MPLA, braço direito de Agostinho Neto, secretário-geral do movimento, deputado à Assembleia Nacional e que era visto como uma das grandes reservas morais do regime angolano, por nunca ter enveredado por negócios a coberto do Estado e ter-se sempre afastado de tais práticas, que criticava.
Por cá, a Comissão Europeia e a OCDE voltam a insistir na mesma tecla: Portugal precisa de mais flexibilidade salarial – o que só pode querer dizer salários mais baixos e ainda mais facilidades para despedir. Bruxelas diz ainda que a reforma do IRS custou €600 milhões, ao contrário dos €150 anunciados pelo anterior Governo ou dos €250 estimados pelo atual. E a OCDE aproveita para acrescentar que entre 2011 e 2014, Portugal foi o segundo país da organização que mais reformas efetuou, logo depois da Grécia, e à frente da Espanha e Irlanda. À atenção daqueles que estão sempre a pedir mais reformas…
Hoje, o INE divulga os números finais do crescimento da economia portuguesa em 2015 e o Eurostat revela a taxa de inflação na zona euro em fevereiro (espera-se um valor de 0,9%, contra 1% em janeiro). É provável que o Banco Central Europeu divulgue novas medidas para sustentar a recuperação da economia na Eurolândia.
Entretanto na Irlanda, o Fine Gael, de Enda Kenny, o primeiro-ministro irlandês que deu o “mau exemplo” de Portugal e a suposta instabilidade “horrenda” que por cá se vive para pressionar os seus eleitores, venceu as eleições mas ficou longe da maioria absoluta (os resultados oficiais só serão conhecidos hoje). O país fica assim também num impasse para formar governo. Se há um deus das eleições, ele castigou Kenny por dizer o que não devia contra outro Estado-membro da União – “não queremos ser como Portugal”.
Há exatamente 28 anos, num ano bissexto, Emídio Rangel lia o primeiro editorial de uma rádio cujo nome por extenso era Telefonia Sem Fios mas que ficou conhecida para sempre por TSF. O acontecimento é hoje assinalado com uma conferência sobre o futuro do jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, na qual participa o Presidente da República eleito, Marcelo Rebelo de Sousa – um debate que bem preciso é, porque segundo dados da APCT, os jornais generalistas venderam em média menos 16.798 exemplares por dia em 2015. O Expresso continua a liderar destacadíssimo entre os semanários, é o segundo jornal mais lido após o Correio da Manhã, e tem igualmente uma posição de evidência no on-line.
Ontem à tarde, um grupo fortemente armado de sete homens, assaltou uma carrinha de valores junto a um hipermercado em Lourel levando vários sacos com dinheiro e espalhou depois o terror na A16, tentando parar várias viaturas para prosseguir a fuga, depois do pequeno carro em que seguiam se ter despistado. Foi nessa altura que atingiram um empresário, de 49 anos, que seguia com a melhor a e a família de sete anos, e que acabaria por falecer, não sem antes ter conseguido levar a viatura até às portagens de Algueirão-Mem Martins. A policia continua a caça ao homem.
António Lamas disse que não se demitia da presidência do Centro Cultural de Belém, apesar das violentas críticas que lhe dirigiu o atual ministro da Cultura, João Soares, mas já circula o nome do seu sucessor. Elísio Summavielle, ex-secretário de Estado da Cultura do Governo de José Sócrates em 2009, é o escolhido de João Soares.
Marco Silva, o treinador que o Sporting despediu à má fila no final do ano passado, depois de ter ganho a Taça de Portugal, chegou à Grécia, viu e venceu. Quando ainda faltam cumprir seis jornadas, o Olympiacos tem 21 pontos de avanço sobre o segundo, o AEK, e abriu o champanhe. Foi o sexto título consecutivo do emblema grego e o 43.º do seu historial, o que demonstra a superioridade da turma do Piréu no futebol helénico, mas é o primeiro título de campeão para Marco Silva. Que dirá agora Bruno de Carvalho, que duvidava das competências técnicas de Marco Silva e lhe moveu um processo por num jogo não estar vestido com o equipamento oficial do Sporting?
Entretanto, o FC Porto ganhou ontem 2-1 ao Belenenses em Belém e Benfica e Sporting jogam hoje. Começam primeiro os encarnados na Luz contra a União da Madeira, às 19.45, para quinze minutos depois o Sporting defrontar o Guimarães na cidade-berço. Para já, o Sporting lidera a Liga com três pontos de avanço sobre Benfica e Porto (mas leões e águias têm menos um jogo).
Há 55 anos, quando na madrugada de 4 de fevereiro militantes do MPLA lançaram um ataque a uma esquadra de polícia em Luanda, iniciando o movimento que conduziu à independência em 11 de novembro de 1975, António Oliveira Salazar, que dirigia Portugal com mão de ferro respondeu com a frase “Para Angola, rapidamente e em força”. Agora, a palavra de ordem para a maioria das mais de 8000 empresas e 150 mil trabalhadores portuguesas que lá se encontram, a palavra de ordem é exatamente a contrária: “sair de Angola, rapidamente e em força”. É que a crise, devido à quebra brutal do preço do petróleo (a perda de receitas é estimada em €19,4 mil milhões), está não só a estagnar a economia, a paralisar negócios e a suspender pagamentos, como a contribuir para o aumento da insegurança e mesmo para uma crescente tensão política como nãos e vivia em Angola desde que Jonas Savimbi foi morto, em fevereiro de 2002, e o MPLA ganhou finalmente a guerra civil durante 27 anos.
Também em Angola, faleceu no sábado Lúcio Lara, 86 anos, um dos fundadores do MPLA, braço direito de Agostinho Neto, secretário-geral do movimento, deputado à Assembleia Nacional e que era visto como uma das grandes reservas morais do regime angolano, por nunca ter enveredado por negócios a coberto do Estado e ter-se sempre afastado de tais práticas, que criticava.
Por cá, a Comissão Europeia e a OCDE voltam a insistir na mesma tecla: Portugal precisa de mais flexibilidade salarial – o que só pode querer dizer salários mais baixos e ainda mais facilidades para despedir. Bruxelas diz ainda que a reforma do IRS custou €600 milhões, ao contrário dos €150 anunciados pelo anterior Governo ou dos €250 estimados pelo atual. E a OCDE aproveita para acrescentar que entre 2011 e 2014, Portugal foi o segundo país da organização que mais reformas efetuou, logo depois da Grécia, e à frente da Espanha e Irlanda. À atenção daqueles que estão sempre a pedir mais reformas…
Hoje, o INE divulga os números finais do crescimento da economia portuguesa em 2015 e o Eurostat revela a taxa de inflação na zona euro em fevereiro (espera-se um valor de 0,9%, contra 1% em janeiro). É provável que o Banco Central Europeu divulgue novas medidas para sustentar a recuperação da economia na Eurolândia.
Entretanto na Irlanda, o Fine Gael, de Enda Kenny, o primeiro-ministro irlandês que deu o “mau exemplo” de Portugal e a suposta instabilidade “horrenda” que por cá se vive para pressionar os seus eleitores, venceu as eleições mas ficou longe da maioria absoluta (os resultados oficiais só serão conhecidos hoje). O país fica assim também num impasse para formar governo. Se há um deus das eleições, ele castigou Kenny por dizer o que não devia contra outro Estado-membro da União – “não queremos ser como Portugal”.
Há exatamente 28 anos, num ano bissexto, Emídio Rangel lia o primeiro editorial de uma rádio cujo nome por extenso era Telefonia Sem Fios mas que ficou conhecida para sempre por TSF. O acontecimento é hoje assinalado com uma conferência sobre o futuro do jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social, na qual participa o Presidente da República eleito, Marcelo Rebelo de Sousa – um debate que bem preciso é, porque segundo dados da APCT, os jornais generalistas venderam em média menos 16.798 exemplares por dia em 2015. O Expresso continua a liderar destacadíssimo entre os semanários, é o segundo jornal mais lido após o Correio da Manhã, e tem igualmente uma posição de evidência no on-line.
Ontem à tarde, um grupo fortemente armado de sete homens, assaltou uma carrinha de valores junto a um hipermercado em Lourel levando vários sacos com dinheiro e espalhou depois o terror na A16, tentando parar várias viaturas para prosseguir a fuga, depois do pequeno carro em que seguiam se ter despistado. Foi nessa altura que atingiram um empresário, de 49 anos, que seguia com a melhor a e a família de sete anos, e que acabaria por falecer, não sem antes ter conseguido levar a viatura até às portagens de Algueirão-Mem Martins. A policia continua a caça ao homem.
António Lamas disse que não se demitia da presidência do Centro Cultural de Belém, apesar das violentas críticas que lhe dirigiu o atual ministro da Cultura, João Soares, mas já circula o nome do seu sucessor. Elísio Summavielle, ex-secretário de Estado da Cultura do Governo de José Sócrates em 2009, é o escolhido de João Soares.
Marco Silva, o treinador que o Sporting despediu à má fila no final do ano passado, depois de ter ganho a Taça de Portugal, chegou à Grécia, viu e venceu. Quando ainda faltam cumprir seis jornadas, o Olympiacos tem 21 pontos de avanço sobre o segundo, o AEK, e abriu o champanhe. Foi o sexto título consecutivo do emblema grego e o 43.º do seu historial, o que demonstra a superioridade da turma do Piréu no futebol helénico, mas é o primeiro título de campeão para Marco Silva. Que dirá agora Bruno de Carvalho, que duvidava das competências técnicas de Marco Silva e lhe moveu um processo por num jogo não estar vestido com o equipamento oficial do Sporting?
Entretanto, o FC Porto ganhou ontem 2-1 ao Belenenses em Belém e Benfica e Sporting jogam hoje. Começam primeiro os encarnados na Luz contra a União da Madeira, às 19.45, para quinze minutos depois o Sporting defrontar o Guimarães na cidade-berço. Para já, o Sporting lidera a Liga com três pontos de avanço sobre Benfica e Porto (mas leões e águias têm menos um jogo).
FRASES
“Não há consenso possível no curto prazo sobre a renegociação da dívida”. Carlos Moedas, comissário europeu, Público
“Ninguém entenderia se concorresse contra Moreira”. Manuel Pizarro, candidato ao PS/Porto, e número dois do atual líder da Câmara Municipal do Porto, Jornal de Notícias
“Tantas pessoas diziam que isto [o Governo] não aguentava e o certo é que há estabilidade e depois a coligação na minha opinião está para durar mais tempo do que se imagina”. Luís Marques Mendes, no seu habitual comentário dominical na SIC
“O Porto vai ser a nossa janela para o mundo”. Sindika Dokolo, empresário e colecionador de arte, marido de Isabel dos Santos, Jornal de Notícias
“Não há consenso possível no curto prazo sobre a renegociação da dívida”. Carlos Moedas, comissário europeu, Público
“Ninguém entenderia se concorresse contra Moreira”. Manuel Pizarro, candidato ao PS/Porto, e número dois do atual líder da Câmara Municipal do Porto, Jornal de Notícias
“Tantas pessoas diziam que isto [o Governo] não aguentava e o certo é que há estabilidade e depois a coligação na minha opinião está para durar mais tempo do que se imagina”. Luís Marques Mendes, no seu habitual comentário dominical na SIC
“O Porto vai ser a nossa janela para o mundo”. Sindika Dokolo, empresário e colecionador de arte, marido de Isabel dos Santos, Jornal de Notícias
O QUE ANDO A LER E A OUVIR
A primeira edição já é de 2009 mas nunca tinha lido “O homem que gostava de cães”, do escritor cubano Leonardo Padura Fuentes. Trata-se das histórias cruzadas de Léon Trostsky, um dos mais importantes dirigentes soviéticos, companheiro de Lenine, que cai em desgraça quando José Estaline sobre ao poder, e do militante comunista espanhol Ramón Mercader, o seu assassino, a mando de Estaline.
Para lá de retratar uma época em que a revolução começou a devorar os seus filhos e a construir um mundo onde os ideais comunistas foram caindo aos pés de uma burocracia estatal, Padura mostra o maquiavelismo de Estaline, a impiedade com que tratou todos os que considerava inimigos, a forma como levou ao suicídio alguns dos que mais lutaram pela revolução nas artes (como Maiakovsky) e o mundo de Goulags que criou. Que milhões de criaturas em todo o mundo tenham considerado a URSS o farol do socialismo e contra as sucessivas evidências tenham continuado a defender Estaline mesmo após a sua morte é algo verdadeiramente incompreensível.
Mas o livro mostra também os métodos como os comunistas agiram na Guerra Civil espanhola, intrigando contra os anarquistas ou os que lutavam contra Franco mas sem professarem a mesma cartilha, chegando mesmo ao ponto de eliminarem aqueles que, embora estando do mesmo lado das trincheiras, não cumpriam as ordens de Moscovo. Para quem gosta de grandes romances históricos, com ficção policial à mistura, este é um livro imprescindível.
Quanto à música, a autora ofereceu-me o CD e desapareceu. Foi num espetáculo na Sociedade Portuguesa de Autores, onde ela estava entre a assistência. Chama-se Rita Dias (e os malabaristas), o CD leva o nome de “com os pés na terra”, tem uma versão extraordinária em que mistura Gente Humilde, de Garotinho, Chico Buarque e Vinicius, com Os meninos do Huambo, de Ruy Mingas (e que canta a meias com Paulo de Carvalho) e outras duas faixas que se ouvem com enorme prazer: Choraminguice, que abre o CD, e A gente dura, que o fecha. Pelo meio, há outras pequenas pérolas nas 13 faixas que compõem o CD. Vale a pena descobrir Rita Dias e os malabaristas.
E pronto, está servido o Expresso Curto, o último de fevereiro de 2016, ano bissexto. Amanhã estará cá, com a sua competência, conhecimentos e boa disposição, o Ricardo Costa, diretor do Expresso e diretor eleito da SIC a partir de 6 de março. Tenha uma boa semana.
A primeira edição já é de 2009 mas nunca tinha lido “O homem que gostava de cães”, do escritor cubano Leonardo Padura Fuentes. Trata-se das histórias cruzadas de Léon Trostsky, um dos mais importantes dirigentes soviéticos, companheiro de Lenine, que cai em desgraça quando José Estaline sobre ao poder, e do militante comunista espanhol Ramón Mercader, o seu assassino, a mando de Estaline.
Para lá de retratar uma época em que a revolução começou a devorar os seus filhos e a construir um mundo onde os ideais comunistas foram caindo aos pés de uma burocracia estatal, Padura mostra o maquiavelismo de Estaline, a impiedade com que tratou todos os que considerava inimigos, a forma como levou ao suicídio alguns dos que mais lutaram pela revolução nas artes (como Maiakovsky) e o mundo de Goulags que criou. Que milhões de criaturas em todo o mundo tenham considerado a URSS o farol do socialismo e contra as sucessivas evidências tenham continuado a defender Estaline mesmo após a sua morte é algo verdadeiramente incompreensível.
Mas o livro mostra também os métodos como os comunistas agiram na Guerra Civil espanhola, intrigando contra os anarquistas ou os que lutavam contra Franco mas sem professarem a mesma cartilha, chegando mesmo ao ponto de eliminarem aqueles que, embora estando do mesmo lado das trincheiras, não cumpriam as ordens de Moscovo. Para quem gosta de grandes romances históricos, com ficção policial à mistura, este é um livro imprescindível.
Quanto à música, a autora ofereceu-me o CD e desapareceu. Foi num espetáculo na Sociedade Portuguesa de Autores, onde ela estava entre a assistência. Chama-se Rita Dias (e os malabaristas), o CD leva o nome de “com os pés na terra”, tem uma versão extraordinária em que mistura Gente Humilde, de Garotinho, Chico Buarque e Vinicius, com Os meninos do Huambo, de Ruy Mingas (e que canta a meias com Paulo de Carvalho) e outras duas faixas que se ouvem com enorme prazer: Choraminguice, que abre o CD, e A gente dura, que o fecha. Pelo meio, há outras pequenas pérolas nas 13 faixas que compõem o CD. Vale a pena descobrir Rita Dias e os malabaristas.
E pronto, está servido o Expresso Curto, o último de fevereiro de 2016, ano bissexto. Amanhã estará cá, com a sua competência, conhecimentos e boa disposição, o Ricardo Costa, diretor do Expresso e diretor eleito da SIC a partir de 6 de março. Tenha uma boa semana.
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